Mulher que gravou o próprio estupro para provar crime diz que fez denúncia após filhos serem espancados

Segundo Juliana, marido a estuprava quando ela tomava remédios. Homem foi preso em Praia Grande.

A mulher que filmou o próprio estupro praticado pelo marido em Praia Grande, no litoral de São Paulo, revelou nesta quinta-feira (2) que os filhos também eram espancados frequentemente pelo empresário Ricardo Guerreiro, de 46 anos. De acordo com Juliana Guerreiro, de 34 anos, as agressões eram frequentes e cada vez mais violentas. Guerreiro acabou sendo preso após as denúncias.

Em entrevista para a TV Tribuna, afiliada da TV Globo na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, Juliana, que optou por mostrar o rosto durante a reportagem, explicou ter começado a namorar com Ricardo em 2018.

“A gente viajava bastante, ele era um homem cuidadoso, muito preocupado, muito amoroso”. Os dois casaram no ano seguinte, quando começaram as agressões.

Juliana conta que estava grávida de três meses quando apanhou pela primeira vez, no aniversário dela, quando eles saíram para comemorar com amigos e ele achou que ela estava rindo de uma piada.

“Ele veio me xingando, querendo brigar e, de repente, ele começou a me dar um monte de soco. Ele saiu me socando do quarto dele até o quarto de frente, que é do filho dele.”

Após a morte da mãe dela, em 2021, os ataques aumentaram. Ela conta que tomava antidepressivo, tinha muito sono, enjoo e tontura. Nesta época começaram os episódios de estupro.

“Ele me acordava a força, me arrastava pela cama, cheguei a acordar e ter o lençol sangrando”, diz. Os registros foram feitos por câmeras de monitoramento instaladas por Ricardo no quarto do casal.

Juliana diz ainda que ele a ameaçava por mensagens e que ela tinha muito medo. A mulher começou a ter coragem de denunciar depois que ele passou a ser agressivo também com os filhos dela.

Em uma ocasião, ela resolveu sair do apartamento do casal, após ver que o ex-marido queria brigar com ela.

“Quando eu olho pelas câmeras, ele estava tratando mal o meu filho mais velho. Eu tenho a filmagem, inclusive. Aí eu falei: meu filho não vai sofrer o que eu sofri. A gente aguenta, mas a gente não deseja para o filho. O pequeno, que é nosso, ele bateu bastante. Marcas de mão desde a costela até o bumbum dele.” Fonte g1.

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