Dos mais de 29 mil candidatos que disputaram as eleições no domingo (2), 11 concorreram em pleitos anteriores ao cargo de presidente da República. Dois deles tentam novamente ser eleitos para o cargo e estão no segundo turno, marcado para 30 de outubro: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Os demais concorreram a cargos como o de governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Veja a seguir qual foi o desempenho dos ex-presidenciáveis nas urnas.
Ex-presidenciáveis eleitos
Aécio Neves (PSDB) – Eleito deputado federal por MG: Segundo colocado nas eleições de 2014, com 48,36% dos votos válidos no segundo turno, Aécio conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados. Ele obteve mais de 85 mil votos.
Guilherme Boulos (PSOL) – Eleito deputado federal por SP: Candidato à Presidência pelo PSOL em 2018, obteve 0,58% dos votos válidos naquele ano e apoiou Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Em 2022, candidatou-se a deputado federal por São Paulo, tendo sido o mais votado do estado, com mais de 1 milhão de votos.
Luciana Genro (PSOL) – Eleita deputada estadual pelo RS: Candidata em 2014, a gaúcha ficou em quarto lugar no primeiro turno, tendo 1,55% dos votos válidos. No pleito de 2022, concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e, com mais de 111 mil votos, conquistou uma vaga.
Luciano Bivar (União Brasil) – Eleito deputado federal por PE: Pré-candidato à Presidência em 2022, Bivar abriu mão da iniciativa para lançar Soraya Thronicke. Em 2006, foi candidato pelo PSL e obteve, na época, 0,06% dos votos. Neste ano, concorreu à reeleição como deputado federal em Pernambuco e foi eleito com mais de 74 mil votos.
Marina Silva (Rede) – Eleita deputada federal por SP: A ex-ministra do Meio Ambiente se candidatou a presidente em 2010 (pelo PV), 2014 (pelo PSB) e em 2018 (pela Rede), tendo seu melhor resultado em 2014, quando ficou em 3º lugar com 21,32% dos votos válidos. Em 2022, lançou-se como candidata a deputada federal por São Paulo e foi eleita com mais de 237 mil votos.
Ex-presidenciáveis não eleitos
Alvaro Dias (Podemos) – Senador pelo PR: Dias estreou em pleitos presidenciais em 2018, mas obteve 0,80% dos votos válidos. Em 2022, tentou a reeleição para o Senado pelo Paraná e perdeu a vaga para o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). Ficou em terceiro na disputa.
Cabo Daciolo (PDT) – Senador pelo RJ: Candidatou-se à Presidência em 2018 pelo Patriota e obteve 1,26% dos votos válidos na ocasião. Agora pelo PDT, lançou candidatura ao Senado, mas não foi eleito. Teve 3,49% dos votos válidos. O senador Romário (PL) foi reeleito com 29,19%.
Esperidião Amin (PP) – Governador por SC: Amin concorreu à Presidência nas eleições de 1994, vencidas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época pelo PPR, atual PP, teve 2,75% dos votos válidos. Neste ano, concorreu ao governo de Santa Catarina e conquistou 9,75% dos votos válidos. O segundo turno no estado será disputado por Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT).
Heloísa Helena (Rede) – Deputado federal pelo RJ: A ex-senadora de Alagoas concorreu nas eleições em 2006 pelo PSOL, obtendo 0,13% dos votos válidos. Em 2022, agora pelo Rio de Janeiro, concorreu a uma vaga na Câmara, mas não conseguiu se eleger e ficou como suplente.
José Serra (PSDB) – Deputado federal por SP: Candidato a presidente em 2002 e em 2010, Serra perdeu para Lula e Dilma, respectivamente. Em fim de mandato no Senado neste ano, concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados. O ex-governador de São Paulo conquistou mais de 88 mil votos, mas não conseguiu se eleger e ficou como suplente.
Pastor Everaldo (PSC) – Deputado estadual pelo RJ: Também presidenciável em 2014, Pastor Everaldo obteve 0,75% dos votos válidos na época. Em 2022, candidatou-se a deputado estadual pelo Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger. Por Didi Galvão.