PF deflagra operação contra esquema que lavou R$ 700 milhões do PCC

Por Terça Livre.

A Polícia Federal, nesta segunda-feira (3), deflagrou a Operação Tempestade, visando a desarticular esquema que lavou R$ 700 milhões do Primeiro Comando da Capital, também conhecido como PCC.

Com o objetivo de desarticular a estrutura financeira do PCC, que atua dentro e fora de presídios nacionais e internacionais, a PF cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e uma temporária, além dos de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Segundo os agentes da PF, os investigados chegaram a movimentar R$ 700 milhões em suas contas. Com a operação, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 220 milhões.

A Operação Tempestade foi um desdobramento a partir das evidências encontradas pela Operação Rei do Crime, deflagrada em setembro de 2020, que descobriu aproximadamente 50 postos de uma rede de combustíveis ligados ao PCC. Os estabelecimentos teriam sido usados para legalizar o dinheiro vindo do tráfico de drogas e beneficiar o PCC.

A Operação Rei do Crime chegou a apontar que o esquema, desarticulado em setembro de 2020, pode ter movimentado R$ 30 bilhões. O valor se baseia em relatórios redigidos de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Somente foi possível a realização das operações após a delação de Felipe Ramos Moraes, piloto de helicóptero que transportou Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, para uma armadilha que terminou com o óbito de ambos, em Fortaleza, em 2018.

“Isso é a receita e o início da Operação Lava Jato. Postos de gasolinas, lavagem de dinheiro, volumes de recursos extremamente pesados que esses ambientes (de postos de gasolina e outros que têm facilidade de lidar com dinheiro) facilitam a operação criminosa”, apontou o analista político Carlos Dias durante o Boletim da manhã desta segunda-feira (3).

“Na verdade, isso não é uma novidade. Precisamos agora ampliar nossas estruturas de controle, capacitarmos ainda mais a PF e MP”, completou Carlos Dias.

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