Varizes indicam falha no retorno do sangue ao coração; saiba como tratá-las

Quando não recebem os devidos cuidados, elas podem evoluir para condições mais sérias

Por Marjourie Corrêa/ Folha PE

Sensação de peso nas pernas, inchaço, dores e queimação. Esses são os sintomas mais comuns das varizes, veias tortuosas e dilatadas que acometem os membros inferiores, indicando que há algum problema no retorno do sangue ao coração.

Cirurgião vascular do Hospital Jayme da Fonte, Esdras Marques explica que as varizes são causadas, sobretudo, por tendências hereditárias, ou seja, quanto mais casos na família, maior a probabilidade de a pessoa desenvolver.

Mas a doença pode ser desencadeada também por fatores ambientais, que, somados à questão genética, podem agravar o risco.

“Pessoas que passam muito tempo em pé ou sentadas, pessoas que estão acima do peso, pessoas sedentárias e mulheres que tiveram muitos filhos possuem mais possibilidade de desenvolver varizes”, exemplifica o especialista.

Mais que estética
Além de serem visualmente feias, as varizes podem evoluir para condições mais severas se não receberem os cuidados necessários. “Dentre as complicações, o paciente pode apresentar úlceras varicosas, que são lesões na pele. As veias varicosas podem romper e causar hemorragia”, alerta Marques.

Com veias inflamadas, ainda há o risco de o indivíduo sofrer com trombose e tromboflebite.

Evitando danos mais graves
Para prevenir ou mesmo tornar menos provável a progressão das varizes, é fundamental que o paciente adote alguns hábitos. A prática de atividades físicas, principalmente as aeróbicas, ajudam bastante.

“Caminhar, correr, pedalar, nadar são atividades que melhoram a circulação e ajudam a amenizar os sintomas para quem já tem varizes, além de evitar o aparecimento de novas. Também é importante controlar o peso e usar, com frequência, as meias de compressão”, recomenda Esdras.

Para casos mais críticos, existem diversos tratamentos, que estão cada vez menos invasivos.

“Existem intervenções cirúrgicas, a tradicional ainda é realizada, mas tem também opções com laser, com espuma e com radiofrequência”, detalha o cirurgião vascular.

As mais modernas conseguem ser realizadas dentro do consultório, sem necessidade de internação do paciente.

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