Coluna do Diego Lagedo:
As palafitas já se tornaram parte da paisagem do Recife. Entra prefeito e sai prefeito mas nada muda na capital pernambucana. As moradias irregulares, dentre as quais as palafitas se incluem, podem ser vistas em praticamente todos os bairros e não se observa uma clara política para reverter o crescimento desordenado da cidade.
Nessa última sexta-feira (6), o Recife viu acontecer uma tragédia que já era previsível: várias palafitas pegaram fogo no bairro do Pina, o que deixou diversas famílias desabrigadas. Por sorte, não houve nenhuma vítima fatal no incidente, mas as sequelas do descaso governamental ficarão marcadas na comunidade carente.
São problemas que se acumulam nas gestões do PT e que parece que só fazem piorar. Enquanto os moradores das áreas irregulares aguardam por habitacionais que muitas vezes nunca são concluídos e moram em áreas de risco, o governo se dá ao luxo de fazer licitações milionárias que não passam de desperdício do dinheiro público.
O desordenamento e a pobreza vão se acumulando na capital pernambucana, que perde cada vez mais importância no cenário regional. A marca do PSB em Pernambuco é o subdesenvolvimento.
Anderson: O ex-prefeito do Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), criticou o PSB pelo descaso na capital pernambucana: “O incêndio no Pina, ao lado de Brasília Teimosa, mostra a incompetência do PSB. Basta!”.
Miguel: O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), prestou solidariedade a todas as vítimas do incêndio no Recife: “Ficamos chocados com o que aconteceu no bairro do Pina. O momento é de demonstrar solidariedade com as famílias que moravam em condições subumanas e que não tinham praticamente nenhuma dignidade de saneamento, habitação e segurança”.
Raquel: A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), defendeu a criação de políticas públicas para os que mais precisam: “Estive recentemente visitando a Comunidade do Bode e vi de perto o dia a dia dessas famílias. É um sofrimento sem fim para essas pessoas que já vivem em total desalento e sem atenção do poder público. É um absurdo! É preciso políticas públicas que olhem para os que precisam”.