Coluna do Diego Lagedo: Como esta coluna previu mais de uma vez, a vaga para o Senado causou uma verdadeira crise na Frente Popular. Enquanto o PT reivindicava a vaga para apoiar o PSB para o Governo de Pernambuco mais uma vez, aliados mais fiéis dos socialistas defendiam que a vaga deveria ir para eles.
Dos partidos aliados do PSB a Frente Popular, despontou o nome de André de Paula (PSD). Já no PT, a indefinição quanto à indicação ou não de Marília Arraes para o Senado fez com que o processo fosse atrasado e desse margem para a contestação do direito dos petistas de indicar um nome para a vaga.
Diante da indefinição e vendo a possibilidade de ser rifada, Marília Arraes deixou a legenda e se filiou ao Solidariedade para construir uma pré-candidatura ao Governo de Pernambuco. Esse movimento enfraqueceu ainda mais o PT dentro da Frente Popular. Mesmo assim, a ala majoritária do PT definiu o nome do deputado Carlos Veras para o Senado, enquanto outra ala petista mostrou preferência por Teresa Leitão.
O PSB resolveu deixar a definição para um segundo momento e Danilo Cabral passou a circular sozinho com sua pré-campanha. Com o espaço aberto, a atual vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) lançou uma pré-candidatura ao Senado de maneira unilateral para tentar se colocar no processo. Apesar de causar ainda mais dissenso na chapa, essa movimentação tenda a não dar em nada.
Já uma ala do PSB parece dar preferência a André de Paula e defende que o PT indique Teresa Leitão para vice. Por outro lado, o PT de Pernambuco não abre mão de indicar o pré-candidato a senador e os petistas têm afirmado que não farão campanha se o candidato da Frente Popular for André de Paula.
A Frente Popular indicou um pré-candidato extremamente fraco para disputar o Governo de Pernambuco e terá que enfrentar quatro candidatos fortes na eleição desse ano, algo inédito no estado. Com desentendimento interno, é quase certo que o PSB não terá como vencer mais uma eleição para governador em Pernambuco. Posatado por portal PE10.