Cerco se fecha contra o PSB em Pernambuco

Coluna do Diego Lagedo: Está confirmado, o PSB terá quatro candidaturas competitivas na oposição esse ano, feito inédito na política pernambucana. Serão candidatos pela oposição nesse ano Anderson Ferreira (PL), Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB). Juntos, os quatro candidatos tem uma capilaridade forte em todos os setores da população e em todas as regiões do estado, o que é mais do que suficiente para suplantar a força da máquina pública controlada pelo PSB

.Anderson Ferreira deve fazer uma campanha com uma identidade bolsonarista e outra mais voltada ao centro para alcançar o grande público pernambucano. Por ser prefeito de Jaboatão, sua força está mais concentrada na Região Metropolitana do Recife, mas ele também terá palanques aos moldes tradicionais, principalmente na Mata e no Agreste, além de contar com núcleos bolsonaristas no estado.

Após a sua desfiliação do PT e entrada no Solidariedade, Marília Arraes continua com uma grande força junto ao eleitorado de esquerda no estado, sendo a única pré-candidata que pode tirar votos do PSB nesse segmento radical. Ela tem inserção desde a capital até o Sertão, mas terá que correr contra o tempo para montar palanques nos municípios.

Da oposição, Miguel Coelho é o pré-candidato que mais avançou na construção de palanques municipais, contando com o apoio de mais de 30 prefeitos e já tendo estrutura para fazer campanha em mais de 100 municípios. O resultado é que, apesar de ser o pré-candidato da menor região do estado, seu nome já superou p desconhecimento e começa a chegar na boca do povo.

Raquel Lyra continua sendo uma força inegável na região do Agreste de Pernambuco e tem potencial para crescer mais na Região Metropolitana do Recife. Seu eleitorado é formado por um público de centro-esquerda que tem ojeriza ao PT e ao PSB e quer ver a mudança no estado. Apesar de não dialogar com os eleitores bolsonaristas, Raquel dá uma alternativa aos eleitores de centro-esquerda que costumavam ser manobrados para votar no PSB em Pernambuco.

O PSB já provou que é especialista em vencer eleições. Contra a direita, eles se uniram ao PT e a Lula para se perpetuar no poder. Porém, quando necessário, eles buscaram alianças mais à direita e chegaram a criticar publicamente a corrupção do PT, mostrando que sabem manipular bem ao se posicionarem no meio de campo. Porém, nesse ano, a frente de oposição é ampla e atinge todos os eleitores, o que deve torna a eleição ainda mais difícil para o candidato que eles escolheram, que é fraco e sem carisma.


Pesquisa: Um levantamento divulgado pelo Instituto Paraná (PE-01060/2022) mostrou o início da cristalização do cenário eleitoral em Pernambuco, com redução dos indecisos e crescimento dos candidatos. No principal cenário, Raquel Lyra tem 25,8%, Miguel Coelho tem 15,6%, Anderson Ferreira tem 13,6%, Danilo Cabral tem 11,9%,João Arnaldo tem 3,3% e Jones Manoel tem 0,9%. Não sabe/ Não respondeu ficou em 8,9%; Nenhum/ Branco/ Nulo somou 19,9%. Nessa pesquisa, Marília Arraes foi cotada para o Senado. A margem de erro é de 2,6%.

Pesquisa (Senado): No levantamento para o Senado, Marília Arraes aparece com ampla liderança, com 46,2%. André de Paula tem 14%, Gilson Machado tem 5,4%, Carlos Veras tem 2,3% e Eugênia Lima 1,4%. Nenhum/Branco/Nulo somou 23,8%; Não sabe/não respondeu ficou em 7%. Postado por Pernambuco em Pauta.

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