Divisão da oposição em Pernambuco prejudicará o jogo sujo do PSB

Coluna do Diego Lagedo: 

A divisão da oposição em Pernambuco irá prejudicar as possíveis estratégias que o PSB poderá adotar nesse ano para permanecer à frente do Governo do Estado. Desde que chegaram ao poder em 2006, os socialistas não precisaram enfrentar mais do que um candidato oposicionista competitivo nas eleições estaduais. Nesse ano, terão que enfrentar três prefeitos bem avaliados, de três regiões distintas, com eleitorados diferentes e estruturas partidárias competitivas.

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), irá contar com o apoio de núcleos bolsonaristas do estado e tem uma forte inserção no meio evangélico e metropolitano. Já Miguel Coelho (UB) tem suas bases no sertão e conta com palanques em todo o estado, podendo alcançar desde eleitores bolsonaristas até eleitores de centro que vêem nele uma forte oposição ao PSB. Por fim, Raquel Lyra é uma força imbatível na maior cidade do interior de Pernambuco, Caruaru, consegue falar com o centro e com a centro-esquerda, tem forte inserção entre o eleitorado feminino e alcança desde o agreste até o Recife.

Com uma frente tão ampla e variada de oposição, o já conhecido jogo sujo do PSB não surtirá o mesmo efeito das últimas eleições. Os socialistas não poderão taxar todo bloco de “turma do Bolsonaro” para atrair o voto petista, estratégia parecida com a usada em 2018. Além disso, não terão como centrar todos os ataques em um único candidato, precisando adotar estratégias individuais para cada um dos três. Por fim, os ataques do PSB a um candidato de oposição não necessariamente conseguirão levar os votos para Danilo Cabral, pois parte dos votos que migrarem deve circular no próprio espectro de oposição.

Em 2022, o eleitor pernambucano terá aquilo que sempre pediu: opções. Serão três projetos de oposição com capacidade para atender a todos os gostos. O momento parece cada vez mais propício para a mudança de comando no estado.


Crítica: Em visita a Serra Talhada, o prefeito Miguel Coelho criticou as promessas vazias do PSB em véspera de eleição: “O PSB não fez nada em 7 anos e agora quer tapear o povo no ano da eleição. Onde a gente anda o sentimento é de mudar, as pesquisas apontam isso também. Portanto, prometer o mundo a prefeitos faltando alguns meses para eleição não vai funcionar, muito menos querer evitar o debate sobre nosso estado. O povo está cansado de propaganda enganosa”.

Filiação: O deputado Alberto Feitosa anunciou a sua filiação ao PL de Anderson Ferreira e aproveitou a ocasião para criticar o PSB e defender a mudança em Pernambuco: “Anderson é uma das grandes lideranças da nova geração da boa política. Ele tem a ousadia necessária para enfrentar desafios, e pulso firme na defesa de valores e princípios dos quais eu compartilho e que estão alinhados aos do presidente Bolsonaro. Entro no PL para marchar ao lado desse time na certeza de que Pernambuco vai virar a página do atraso causado por essa gestão desastrosa do PSB”.

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