Janela Partidária possibilita ‘dança das cadeiras’ na política pernambucana

Coluna do Diego Lagedo: O período da “janela partidária” foi inserido na legislação brasileira e possibilita que os políticos possam mudar de partido sem perder o mandato. Nesse ano, a janela ficará aberta entre 3 de março e 1° de abril, o que está possibilitando uma verdadeira dança das cadeiras na política pernambucana.

Os partidos que serão mais beneficiados com a janela partidária no estado são aqueles que terão chapa para governador e que conseguiram montar chapas para deputado federal e estadual. Com a proibição das coligações proporcionais, também serão favorecidos os partidos que firmaram federações a nível nacional, como é o caso do PSDB e do Cidadania, que irá apoiar Raquel Lyra e deve atrair a filiação da deputada Priscila Krause.

O PL de Pernambuco, que é presidido por Anderson Ferreira, também vai se favorecer fortemente com a janela partidária. Deputados ligados ao segmento evangélico e aos bolsonaristas devem migrar para a sigla visando o alinhamento em 2022. É o caso, por exemplo, de André Ferreira, do Pastor Eurico, do deputado Coronel Alberto Feitosa e de Joel da Harpa.

Um dos quadros que mais está trabalhando para atrair deputados de outros partidos para o seu palanque é Miguel Coelho, que é pré-candidato a governador pelo União Brasil. Ele já garantiu a filiação do deputado Romero Albuquerque, e também está trabalhando para levar Andreza Romero, Clarissa Tércio, Pastor Cleiton Collins, Pastor Junior Tércio e Michele Collins para o seu palanque.

O PSB será o partido mais beneficiado pela janela partidária no campo governista. Isso se deve ao fato de que muitos deputados que são presidentes de partidos que compõem a Frente Popular não conseguiram montar chapas proporcionais em suas legendas. Com isso, devem migrar para o PSB para buscar a reeleição, como é o caso do deputado Raul Henry.

A janela partidária e o fim das coligações proporcionais corrigem uma falha do sistema democrático brasileiro que possibilitou a pulverização de partidos. Com isso, também fica mais fácil observar o rearranjo de forças na política pernambucana que deve ser decisivo na eleição majoritária de 2022. Pernambuco em pauta.

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