Segundo a servidora pública Abby Silva Moreira, de 45 anos, Admilson de Freitas também cortou as gratificações salariais dela. Denúncia foi protocolada no Ministério Público de Pernambuco.
Por Priscilla Aguiar, g1 PE
Guarda municipal concursada há cinco anos em
Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a primeira e única mulher trans a assumir o cargo no município denunciou que vem sofrendo transfobia. Esse crime ocorre quando há preconceito contra quem se identifica como transgênero.
Abby Silva Moreira, de 45 anos, contou que foi afastada da Guarda Municipal, mesmo sendo concursada, e teve suas gratificações salariais cortadas. Segundo a servidora, o responsável por isso foi o atual comandante da Guarda Municipal de Jaboatão, Admilson de Freitas.
Uma denúncia formal por transfobia foi feita à corporação por meio do Sindicato dos Guardas Municipais de Jaboatão. Além disso, foi protocolada uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na segunda-feira (7).
Abby relatou que sofre transfobia desde que entrou na Guarda Municipal, que sempre foi algo muito presente na corporação, mas que nunca tinha sido intenso como agora. Ela também afirmou que, há dois anos, faz um tratamento para depressão e que o quadro de saúde se agravou em 2021, devido à transfobia da qual foi vítima e que culminou em duas internações psiquiátricas.
A servidora disse que, ao assumir o cargo, a primeira providência do comandante foi retirar as gratificações dela sem qualquer justificativa. A junta médica do município solicitou à readequação dela para uma área administrativa da Guarda Municipal. Foi quando Admilson de Freitas a afastou, segundo Abby.
A servidora disse que, ao assumir o cargo, a primeira providência do comandante foi retirar as gratificações dela sem qualquer justificativa. A junta médica do município solicitou à readequação dela para uma área administrativa da Guarda Municipal. Foi quando Admilson de Freitas a afastou, segundo Abby.
Ainda de acordo com Abby, este foi o principal de uma série de episódios que fizeram com que ela se sentisse desrespeitada. A servidora está afastada por determinação médica até março e continua sem saber se voltará a trabalhar ou em que local.