A guerra pelo Senado em PE

Praticamente confirmado Danilo Cabral candidato a governador pelo PSB, a Frente Popular abre, a partir de agora, a discussão da montagem do restante da chapa. Duelo que se apresenta tão complicado é o do Senado. Como Humberto Costa não conseguiu emplacar a cabeça de chapa, desejo também do governador Paulo Câmara, deve ao PT, naturalmente, a indicação do candidato.

Caberá, inclusive, ao próprio Humberto a indicação do nome. Deputado federal com atuação no Pajeú, Carlos Veras é o preferido do grupo do senador e dele próprio. Só que o PT corre risco de perder a vaga, caso o PSD, dirigido em nível nacional pelo ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, apoie a candidatura de Lula de largada, logo no primeiro turno da jornada presidencial.

Kassab, entretanto, disse à revista Crusoé, que embora em alguns Estados o PSD já seja aliado do PT, acha muito difícil marchar junto com Lula no primeiro turno. Neste caso, cai por terra a pretensão do deputado federal André de Paula, presidente estadual do PSD, de ser ungido para a vaga de senador na chapa.

Também de olho o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP. Este, embora aliado de primeira hora do PSB no Estado, com maior bancada na Alepe, se fragiliza na medida em que o seu partido, em nível nacional, está fechado com a reeleição do presidente Bolsonaro. Seria uma raridade uma aliança estadual contrariar um projeto nacional no que tange a montagem de uma chapa.

Correndo por fora, no rabo da gata das pretensões, o deputado federal Sílvio Costa Filho, presidente estadual do Partido Republicanos. Além de contar com pouca representatividade no plano estadual, no nacional o partido está também alinhado com a reeleição de Bolsonaro. Um dos seus líderes, o ministro João Roma, deve ser candidato a governador na Bahia, abrindo palanque para Bolsonaro naquele Estado.

Com menos chances – Se o PDT permanecer na Frente Popular, o que parece improvável diante da confirmação da candidatura de Ciro Gomes, ontem, em convenção, ao Palácio do Planalto, outro nome postulante ao Senado é o do líder pedetista na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz. Sua tendência, entretanto, é romper com a Frente priorizando a eleição de Ciro, já que alçou ao cargo de líder com o apoio do ex-governador cearense.  Postado por Magno Martins.

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