França, Alemanha e Espanha dão ultimato a regime Maduro

Foi dado um prazo de oito dias para que Maduro convoque novas eleições.

Espanha, França e Alemanha afirmaram neste sábado (26) que estão dispostos reconhecer o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela caso o ditador Nicolás Maduro não convoque eleições no prazo de uma semana.

“O governo da Espanha dá a Nicolás Maduro oito dias para convocar eleições livres, transparentes e democráticas”, afirmou o premiê espanhol, Pedro Sánchez.

“Se isso não acontecer, a Espanha reconhecerá Juan Guaidó presidente interino responsável por convocar essas eleições.”

Foi o comunicado mais explícito de um país da União Europeia desde que  Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional venezuelana, se proclamou presidente encarregado do país na quarta-feira (23).

O presidente francês, Emmanuel Macron, emitiu a mesma mensagem, mas se pronunciou nas redes sociais, assim como uma porta-voz do governo alemão.

“O povo venezuelano deve poder decidir livremente seu futuro. A menos que eleições sejam anunciadas dentro de oito dias, estaremos prontos para reconhecer Juan Guaidó como ‘presidente encarregado’ da Venezuela, de modo a dar início a um processo político”, afirmou Macron em um tuíte.

Guaidó se declarou presidente durante uma manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas para protestar contra Maduro. No mesmo dia, ele foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos, do Brasil e de outros 12 países da região.

A declaração do premiê espanhol aconteceu após dias de negociações para estabelecer uma posição comum na União Europeia que pressionasse Maduro a convocar eleições.

Os países membros, no entanto, não conseguiram um acordo na sexta para uma declaração tão explícita como desejava Madri.

Depois de alguns dias de silêncio e pressionado pela oposição de direita na Espanha, Sánchez, que conversou por telefone na quinta com o o líder opositor.

“A todo momento, a Espanha liderou a posição da União Europeia favorável à democracia e à liberdade. E nós fazemos isso em coerência com o nosso relacionamento especial e com a nossa responsabilidade como membro da comunidade ibero-americana”, declarou.

“Nós não buscamos colocar ou remover governos na Venezuela. Queremos democracia e eleições livres na Venezuela”, insistiu.

Fonte: Jornal de Caruaru

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