Ministro do STJ manda soltar 4 policiais paulistas envolvidos em tiroteio em Juiz de Fora

Por G1 Minas — Belo Horizonte

 

O Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca concedeu habeas corpus, nesta sexta-feira (14), a quatro policiais civis de São Paulo envolvidos em um tiroteio em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, que ocorreu em outubro deste ano e também envolveu policiais mineiros.

O habeas corpus foi concedido de forma liminar após um recurso da defesa dos delegados Bruno Martins Magalhães Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa e foi estendido aos investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda. Eles estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

No dia 19 de outubro, um tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo no estacionamento de um hospital em Juiz de Fora deixou um policial, de 37 anos, e um empresário, de 42, mortos. No local do crime, também estavam empresários e doleiros. Sete policiais foram presos – quatro paulistas e três mineiros; um homem de 42 anos foi preso por homicídio e um idoso de 66, por estelionato tentado. Mais de R$ 14 milhões – a maioria em notas falsas – foram apreendidos, junto com armas, cartuchos, carros e distintivos.

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo a corporação, Sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de latrocínio consumado, organização criminosa e lavagem de dinheiro – 3 policiais de Minas e 4 não policiais -; outras 12 pessoas foram indiciadas por lavagem de dinheiro – entre elas 9 policiais de SP e 3 não policiais. Nenhum policial de São Paulo foi responsabilizado pelas mortes no inquérito.

De acordo com o advogado de defesa dos delegados paulistas, Leonardo Pantaleão, o pedido de liberdade ao STJ foi feito após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negar a liberdade aos policiais. Segundo Pantaleão, o ministro acatou tese de que não haveria motivação para manutenção da prisão.

“Até porque até hoje não tem denúncia. A prisão em flagrante rompeu todos os prazos previstos para oferecimento de denúncia. O ministro entendeu que eles estavam passando por constrangimento ilegal”, afirmou.

Até a noite desta sexta-feira, os policias ainda não haviam sido soltos.

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